Um simples papel

Quatro anos. Milhares de entrevistas, reportagens, matérias, artigos. Tudo isso para nada. Mas em outro ponto de vista, pode ser tudo. A experiência adquirida na faculdade faz a diferença, se não, deveria. O debate em questão é a exigência do diploma para a prática jornalística. Mas poderia ser melhor. Será que as universidades fornecem subsídios suficientes para formar um profissional qualificado?

De acordo com a liminar promulgada pela juíza Carla Rister, o diploma superior em Jornalismo não é exigência para obter registro profissional. Mas a decisão final depende do Supremo Tribunal Federal (STF), que definirá o percurso da profissão até o final de 2008.
Enquanto a decisão não é divulgada segue o debate. Atualmente, a área de comunicação possui diversos funcionários que não possuem curso superior em Jornalismo. A prática formou a experiência desses profissionais que desempenham o cargo com competência. E essa mesma prática entra no currículo dos acadêmicos em Jornalismo? O bom jornalismo se faz com a vivência.

A validação do diploma deveria ser feito com base em exigências de prática profissional e qualificação plena do estudante na área. Talvez uma prova de análise de aprendizagem indicasse somente os capacitados a exercer o cargo. O despreparo, desinteresse e negligência por parte de muitos acadêmicos em jornalismo faz com que o diploma, na realidade, seja um simples papel.

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